Por Inquietude
Imagem: ChatGPT Meus dias andam inquietos — o vento ruge em meus ouvidos como um leão chamando o seu bando. Meu coração decidiu doer nestes dias, como se pressentisse um mal que em breve deve chegar. Caminho recolhendo as últimas flores que os ipês derramam em despedida, sentindo o clamor das árvores pela chuva que chega — pouco, ou quase nada. Há um lado da caminhada que me pede para seguir em frente, sem hesitar diante do que virá. O outro grita para eu parar, para me render — sim, ao desespero. As folhas que batem em meu rosto vêm com o vento e as pequenas gotas da garoa que teima em cair; são espinhos em minha pele, sussurrando que é hora de recolher, de esperar. Não há jeito fácil de chegar ao fim dessa caminhada, mas desejo que, ao menos, as dores sejam menos insistentes — que cessem enquanto tento me concentrar nos passos pelas ruas tão impermeáveis. E então, quando sinto o sol e fecho minhas pálpebras por segundos ...