O caminho mais difícil é aquele que a gente não faz há muito tempo

Foto: Tili Oliveira

O retorno é sempre uma coisa complicada, e mesmo a vida não sendo assim, temos sempre receio de voltar a algum lugar ou a alguma coisa que paramos de fazer, por algum motivo que não entendemos muito bem.

Nesses momentos a insegurança sempre aparece em nosso espírito e com ela vêm juntos o medo, a ansiedade e a expectativa.

Seguir caminhando até onde precisamos chegar, neste caso, pode ser muito mais difícil e cansativo do simplesmente continuar pela mesma estrada.

A vontade de desistir nos apanha a cada esquina, fazendo-nos repensar a beleza simples de continuar a caminhada.

As dores e as fobias também aparecem em algum momento até nossa reta final, nos lembrando o quanto somos frágeis e vulneráveis e nos fazendo vivenciar as nossas próprias limitações.

Eu penso que, se ao caminhar simplesmente deixarmos que essas sensações venham até que se dissipem sozinhas, talvez consigamos completar nossa caminhada e chegar até nosso destino final.

O contrário disso, é deixar que o suor frio dos sentimentos, escorra por nossos olhos, fazendo com que fiquemos cegos à nossa capacidade de lidar com as intempéries da vida. E é aí que corremos o risco de desistir.

Hoje, passei por isso.

Em meio a todas as sensações que tive ao longo da minha pequena jornada, me deixei sentir todas as dores. Sim, eu não as repeli, não as julguei, apenas deixei-as chegar, tomando cuidado para que a porta permanecesse aberta para que elas pudessem sair.

A dor deixa tudo mais difícil, mas se conseguirmos resistir mais um pouco, tentando superá-la, talvez seja esse o tempero mais realçado de nossa vitória.

Não desista, caminhe até o seu final!


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